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Anemia Infecciosa Equina ( AIE )

ANEMIA INFECCIOSA EQUINA
A anemia infecciosa eqüina (AIE) é uma doença infecciosa, provocada por vírus que acomete os eqüídeos (cavalos, mulas, zebras, jumentos, etc). O vírus da AIE, também conhecida como febre dos pântanos e AIDS eqüina é transmitido por meio do sangue de um animal infectado, através da picada de insetos hematófagos (mutuca, pernilongos, etc.) ou por agulhas, arreios, leite, placenta (transmissão congênita), sêmen (acasalamento) e pelo soro imune. A anemia NÃO tem cura. Uma vez o animal infectado, torna-se portador permanente, podendo apresentar ou não os sinais da doença (forma aguda, crônica ou inaparente), constituindo-se numa fonte de infecção, para outros eqüídeos.

SINAIS CLINICOS
Os sinais vão depender de que forma a doença se apresenta:
• Aguda: é a mais difícil de diagnosticar.
 - Febre (até 40,6º C);
 - Taquipnéia;
 - Apatia;
 - Perda de apetite;
 - A morte pode sobrevir em 3 ou 5 dias, podendo se tornar crônica.

• Crônica: Apresentam crises periódicas da doença. Pode sobreviver por muitos anos.
 - Emagrecimento discreto;
 - Fraqueza, anemia;
 - Pouca resistência para o trabalho.

• Inaparente: A maioria dos eqüídeos é portador inaparente da doença. Apresentam baixa concentração de vírus no sangue.

DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da AIE é feito através do teste de Coggins ou Imunodifusão em Gel de Ágar (IDGA). Esta prova é o método de eleição, devendo ser somente realizado por laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA. Ele consiste em identificar os animais infectados em qualquer período, exceto no de incubação do vírus. Para a realização do exame são necessários 2,0 ml de soro de cada animal, refrigerado ou congelado, que deve ser colhido por médico veterinário e enviado ao laboratório, juntamente com a resenha atualizada dos animais. Este teste tem validade de 2 meses (60 dias).

TRATAMENTO
Ainda não é conhecido qualquer tratamento eficaz contra a doença. Existem alguns estudos sendo feitos com vacinas, terapêutica para aumentar a imunidade do animal, mas por enquanto o animal que apresentar-se positivo ao teste de Coggins deve ser SACRIFICADO

CONTROLE E ERRADICAÇÃO
Não existe tratamento, nem vacina para garantir a imunidade dos animais, frente ao vírus. A adoção de certas medidas pode minimizar a disseminação da doença:

  • Combate aos insetos;
  • Adotar medidas higiênico-sanitárias;
  • Drenagem de pastos alagados;
  • Exigir sempre na compra de animais o atestado negativo para AIE;
  • Usar agulhas e instrumentos cirúrgicos individuais e esterilizados;
  • Utilizar arreios, esporas, entre outros utensílios individualizados;
  • Testar periodicamente todos os eqüídeos da propriedade;
  • Evitar a entrada na propriedade de animais provenientes de zonas endêmicas, sem o teste de AIE;
  • Fiscalizar o trânsito de animais.

Controle e fiscalização do trânsito
Todos os eqüídeos a serem transportados no Estado da Bahia, bem como para outros estados da Federação devem estar acompanhados pela GTA – Guia de Trânsito Animal;
Sacrifício de animais positivos para o teste de AIE Os animais que apresentam reação positiva para o Teste de Imunodifusão para a AIE realizado por Laboratório credenciado pelo MAPA, são notificados e sacrificados por Médico Veterinário da ADAB; Fiscalização de eventos pecuários Todos os eventos pecuários ( Exposições, Leilões, Vaquejadas, Rodeios, Argolinhas, Cavalgadas, dentre outros ) realizados no Estado da Bahia são acompanhados e fiscalizados pela equipe de Defesa Sanitária Animal da ADAB em conformidade com a Portaria MAPA 162/94.

CECAIE (COMISSÃO ESTADUAL DE CONTROLE DE ANEMIA INFECCIOSA EQUINA)
Fonte: Enfermidades dos Cavalos – Armen Thomassian
www.asccoper.com.br - transcrito em 06, de maio de 2008 as 20:00 h.

VALMIR ASSUNÇÃO VELOZO JÚNIOR - MÉDICO VETERINÁRIO CRMV-BA 1517FORMADO PELA UFBA 1992

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